sábado, 20 de dezembro de 2014

7 lições de dinheiro que todo pai deveria ensinar aos filhos


Família: Os pais devem começar a educar os filhos desde cedo para que eles conquistem a independência financeira

A proporção de filhos que continuam morando na casa dos pais na faixa dos 24 aos 35 anos passou de 21,2% em 2004 para 24,5% em 2013, segundo o IBGE. O dado pode preocupar alguns pais que esperam que nessa idade seus filhos já tenham conquistado sua independência financeira e eles a tranquilidade da aposentadoria.
Segundo especialistas em educação financeira, continuar a oferecer o mesmo conforto que os filhos tinham durante a infância na fase adulta é um erro que deve ser evitado.
Em vez de se apoiar no argumento de que hoje os filhos têm mais dificuldade de sair de casa, seja pelos altos custos dos imóveis ou pela maior competitividade do mercado de trabalho, os pais devem agir para encurtar a estadia dos jovens em casa.
Quanto mais cedo o filho aprender a ter responsabilidades com relação ao dinheiro, a liberdade financeira será encarada de forma mais natural e sem constrangimentos.
Confira a seguir algumas dicas para que seu filho aprenda a andar com suas próprias pernas:

1) Use a mesada para ensiná-los a administrar o dinheiro
A mesada é um importante instrumento de educação financeira, mas não basta entregar o dinheiro todo mês na mão dos filhos sem fazer nenhum tipo de orientação.
Desde cedo, é importante mostrar a importância de fixar objetivos de poupança e cumprir prazos. Os pais podem ensinar as crianças, por exemplo, a usar o dinheiro para pagar o lanche da escola sem deixar que o valor acabe antes do fim da semana. 
Incentivá-los a guardar um pouco da mesada todo mês para comprar um brinquedo no final do ano também pode ser uma boa estratégia para mostrar os benefícios que o hábito de poupar pode trazer.
Os esclarecimentos conscientizam o jovem e evitam conflitos, segundo Celina Macedo, educadora financeira e autora do livro “Filhos: seu melhor investimento” (Campus/Elsevier). “É um modo de impedir que o filho selecione por sua conta o uso do dinheiro”.

2) Ensine a ter paciência
Caso o jovem faça um pedido adicional de dinheiro, que ultrapasse o limite da mesada, é o momento de ensiná-lo a ter paciência para aguardar o melhor momento para a aquisição.
Dizer não nunca é uma tarefa fácil para os pais, mas é a melhor forma de preparar os filhos para aceitar as negações que eles terão de lidar durante sua vida adulta.
Outro caminho pode ser incentivar seu filho a se esforçar para conseguir o que ele deseja. 
O conselho pode ser para que ele arranje um trabalho durante as férias escolares ou para que ele faça alguma tarefa remunerada, como lavar o carro da família durante determinado período. “A cooperação ensina que é necessário esforço para atingir objetivos”, diz Celina. 

3) Entrada na faculdade é divisor de águas
Assim que o jovem ingressar na faculdade, é hora de incentivá-lo a buscar estágios e experiências profissionais remuneradas.
A educadora financeira Cássia D´Aquino recomenda que os pais coloquem alguns prazos para que o filho comece a ajudar, aos poucos, a pagar as mensalidades ou as despesas com materiais da faculdade.
Quando o jovem iniciar o trabalho remunerado, é hora de diminuir a mesada ou até cessar o benefício. “A mudança não deve ser encarada como punição, mas deve ser comemorada e explicada pelos pais como uma passagem para a vida adulta”, diz Cássia.

4) Recompensas devem ter condições
Pais que queiram gratificar os filhos, seja porque passaram em um vestibular concorrido, ou porque conseguiram um bom emprego, devem dar algo que eles desejam, e não algo que o filho exija.
Caso a opção seja por um carro, por exemplo, Celina recomenda que o modelo do veículo seja simples e que a família aproveite para anunciar que todos os custos relacionados ao presente deverão ser pagos pelo jovem. “É um modo de ensiná-lo a dar valor às conquistas”. 

5) Comece a dividir as contas da casa
Com o primeiro salário na mão, além de repassar ao filho a responsabilidade pelas suas despesas, como a mensalidade da academia de ginástica e a conta do celular, os pais também devem incentivar a divisão de contas da casa.
Pedir que o filho compre itens para o café da manhã da família já faz diferença, diz Celina Macedo.
Cássia D'Aquino também recomenda que sejam dadas algumas opções de contas fixas da residência para o jovem começar a pagar. 
Para ela, isso deve acontecer independentemente da condição financeira da família. “A participação do filho no orçamento familiar faz parte da educação dada pelos pais. Portanto, deve ser encarada como um símbolo, não apenas como uma necessidade”, afirma Cássia.
Repassar gastos e despesas familiares aos poucos é um jeito de driblar o sentimento de que o filho “está sendo enxotado de casa”, diz Celina.

6) Evite ao máximo concessões
Diante de eventuais descontroles do filho com relação ao dinheiro, tanto da mesada, como do salário, os pais devem ser firmes para não ceder a pedidos extras.
Caso se rendam às pressões, o jovem pode passar a pedir empréstimos para os pais com a vantagem de não pagar juros, como no banco. "Isso não é saudável, porque mais cedo ou mais tarde eles terão de encarar as taxas cobradas pelo banco”, diz Celina. 
Concessões pontuais podem ser feitas, contanto que seja exigida uma contrapartida, completa a educadora. “Os pais podem liberar um valor a mais caso o filho ajude com algo em casa”. 
De qualquer forma, Cássia D'Aquino recomenda que os pais expressem o desconforto com a situação e que deixem claro que ela não deve voltar a acontecer. 

7) Casal deve entrar em acordo
O casal deve concordar sobre o modo como irão incentivar o filho a encarar suas responsabilidades financeiras. Caso contrário, podem provocar conflitos. "Se a mãe ou pai ajudar o filho mais do que deve, o jovem pode começar a se aproveitar da situação", diz Cássia. 

Para não caírem no erro de voltar atrás depois de tomar uma decisão, os pais devem estar convencidos dos benefícios que a educação financeira trará aos seus filhos 



sexta-feira, 30 de maio de 2014

6 Hábitos para um Vida Financeira Feliz


Com a missão de ajudar as pessoas a melhorarem o cuidado e os resultados de suas finanças, conheci muita gente em situações financeiras complicadas. Mas consegui identificar outras que estão muito bem e tirei algumas lições interessantes.
A partir dessas experiências, criei uma lista de 6 hábitos que as pessoas devem focar para garantir uma vida financeira feliz.

Hábito 1: Trabalhe muito

Se você não nasceu em uma família rica, não tem jeito: terá que trabalhar muito para realmente conseguir dinheiro. Aqui não tem milagre, se você não recebe dinheiro não tem nem o que guardar.
Acredito muito no esforço e especialização. Se você se dedicar por 10 mil horas a alguma atividade, ficará muito bom nela e terá mais chances de ser bem remunerado. Lembre-se da clássica frase “No pain no gain”.


Hábito 2: Controle seus gastos

Além de muito importante para descobrir como estão suas finanças, o controle financeiro é uma ferramenta importantíssima para auxiliar inclusive na tomada de decisões e estabelecimento das suas prioridades financeiras.
Muita gente detesta fazer e atualizar orçamento por achar o monitoramento do dinheiro uma tarefa inútil, complicada e tediosa. Não caia nesta armadilha, faça seu controle com frequência até que se torne um hábito.
Existem opções para te auxiliar a controlar seus gastos. o site GuiaBolso ajuda a tornar este acompanhamento simples, rápido e até prazeroso.


Hábito 3: Reduza grandes gastos e elimine supérfluos que não te façam feliz

Faça uma auditoria nas suas contas mensais e fique atento a qualquer sinal de alerta. Se você identificar despesas desnecessárias e excesso de itens supérfluos, trate de eliminá-los do seu orçamento. Realize esse processo periodicamente, a fim de manter sua vida financeira na mais perfeita ordem.
O importante é você sempre gastar com coisas que você realmente valoriza. Criando esse hábito, você vai tomar gosto por poupar dinheiro – isso, por si só, é um ganho enorme.
Atenção para itens como aluguel, financiamento imobiliário, financiamento de veículo, empregada. Comprometer-se a longo prazo com valores muitos altos pode ser altamente tóxico para seu orçamento.


Hábito 4: Faça seu dinheiro render

Não basta economizar, é preciso saber investir! Essa é uma regra básica para quem deseja conquistar a tranquilidade, independência e crescimento financeiro. Nesse sentido, comece criando um fundo de reserva para emergências no valor de 3 a 6 meses de despesas, de preferência uma poupança, onde o dinheiro se multiplique sob o efeito dos juros compostos.
Com sua reserva pronta, você pode começar a procurar outras aplicações mais rentáveis para seu dinheiro. Nesse momento, é recomendado diversificar a carteira de investimentos, aumentando assim o seu patrimônio a médio e longo prazo.


Hábito 5: Busque conhecimento

Quanto mais você souber sobre finanças, mais domínio você terá sobre o assunto e mais diferença isso fará em sua vida financeira. Lembre-se que o conhecimento na área te fará tomar melhores decisões e servirá de base para fazer as escolhas certas.
Nesse caso, é indispensável ter uma disciplina diária ou semanal com foco na aprendizagem. Justamente por isso, você deve ler livros do segmento, conferir artigos em blogs relevantes como esse e conversar com especialistas da área. Essas atitudes simples fazem toda diferença para seu bem-estar financeiro!
Ah, sim, recomendo que tenha um consultor financeiro que possa te auxiliar – nesse caso garanta que os seus incentivos estejam alinhados.


Hábito 6: Acompanhe o seu progresso

É difícil melhorar algo que você não monitora! Não tem como saber como anda a sua vida financeira, se o seu progresso não for acompanhado. Sendo assim, crie o hábito de estabelecer metas de orçamento, listando tudo o que você tem a receber e tudo que você tem a pagar, e acompanhe como está versus suas metas durante o mês.

Conclusão

E aí, que tal adotar essas pequenas atitudes no seu cotidiano? Apesar de não causarem uma revolução drástica na sua rotina, elas podem transformar a sua vida financeira para sempre. Pense nisso! Obrigado e até a próxima.




fonte: Dinheirama adaptado

sábado, 5 de abril de 2014

Intercooperação impulsiona melhorias no cooperativismo de crédito

Diretor Carlos Alberto do Santos participa do Seminário de Cooperativas de Crédito

Brasília - Representantes de cooperativas de crédito de todo o país e especialistas do setor se reuniram nesta quinta-feira (3) no Seminário de Lideranças de Cooperativas de Crédito para Pessoa Jurídica. Durante a abertura do evento, que ocorreu na sede do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), em Brasília, o debate esteve centrado na importância da troca de experiências entre as cooperativas de crédito para facilitar a implementação de melhorias nos serviços e no atendimento aos pequenos negócios.
“Há quem acredite que só é possível aprender com os próprios erros. No entanto, nós podemos pular etapas e aprender com quem já enfrentou uma dificuldade. É pela troca de experiências e intercooperação que vamos avançar rapidamente e vencer os desafios do cooperativismo de crédito”, ressaltou Carlos Alberto dos Santos.
O diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, destacou a importância e os avanços do setor. “O cooperativismo de crédito tem sido ágil e bastante objetivo na estratégia de atendimento às micro e pequenas empresas, até porque elas são fundamentais para o crescimento das cooperativas e do país”.
Representando o Banco Interamericano de Fomento (BID)/Fomin, Ismael Gílio afirmou que o sistema cooperativo é moderno e dinâmico, além de completo. “O sistema é banco, é fomento, oferece poupança, taxas competitivas, cartão de crédito. Não nos faltam instrumentos e instituições para promover os pequenos negócios”. Apesar disso, para o diretor-executivo do Banco Cooperativo Sicredi, Edson Nassar, “é preciso manter o foco para continuar oferecendo boas práticas no atendimento aos empreendimentos”.  
O sistema cooperativo financeiro trabalha em duas frentes, segundo Luiz Edson Feltrim, do Banco Central. Funciona como instrumento importante para a concorrência no sistema financeiro nacional, além de contribuir para a inclusão financeira. “Aliás, essa é a diferença para o sistema financeiro nacional. As cooperativas estão preocupadas com o desenvolvimento social”, salientou.
Olhar diferenciado
Eriko Ishikawa, representante do Banco Mundial/IFC, defende um olhar diferenciado para o cooperativismo, que deve ser colocado em prática. É o que tem feito a instituição, que já investiu mais de US$ 9 bilhões nos últimos anos em projetos envolvendo o acesso ao crédito. “É preciso entender que um projeto com fim comercial pode sim ter um impacto social”, disse.
E muito além de buscar o desenvolvimento das cooperativas de crédito, segundo o superintendente das Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, as instituições estão defendendo no Congresso Nacional projetos de lei que fomentam o setor como o PL 409/2011, que autoriza as cooperativas de crédito a receberem repasses dos Fundos Constitucionais de Financiamentos. 
Mais informações:

Assessoria de Imprensa Sebrae

sexta-feira, 28 de março de 2014

A CLASSE MEDIA NO BRASIL SOFRE

       A classe média no Brasil sofre. Ou diz que sofre. Ou sofre alguma coisa mesmo, mas diz que sofre muito mais. O fato é que se percebe como sofredora-mor e reage buscando proteger os interesses de sua classe da maneira como pode, independentemente de preocupações com que lado ou a que está se aliando. Uma das dificuldades é, sem dúvidas, definir exatamente o que é classe média. O critério econômico é bastante falho, propositalmente amplo, indicando renda per capita entre R$300,00 e R$ 1.000,00. Outros critérios levam em consideração a posse de itens como automóvel, contratação de serviços como empregada doméstica e grau de instrução. Ainda assim, os resultados dão margem a subdivisões como classe média alta, média e baixa. A grande sacada é perceber que a classe média não se define pela questão socioeconômica, mas por um corte ideológico. A classe média, economicamente, tem posses – e faz questão de mostrá-las – e aspira a status. Seus horizontes constituem-se em dois paradigmas obrigatórios: diferenciar-se da classe baixa (horror a pobre!) e sonhar em ser rico. Assim, constrói sua ideologia baseada na defesa intransigente do direito à propriedade que, segundo eles, foi adquirida com muito trabalho, esforço e mérito. Daí qualquer ataque a seu poder de compra é um absurdo sem tamanho. A conquista das classes mais baixas nunca será considerada como válida, pois não obedece a esses critérios. Sempre haverá a denúncia de auxílios e benefícios que são uma “trapaça social” em sua visão. É uma proteção a seu próprio espaço. A classe média tem horror a que emergentes cheguem a ocupar uma mesma posição que a sua. 

       Denunciam a falta de mérito e de esforço, ainda que defendam veementemente – e busquem utilizar – todo e qualquer sistema de benefício a que façam jus. Não é raro que usem firulas jurídicas para que as mulheres possam receber pensões de avôs militares ou serventuários da Justiça. Mas aí não é auxílio, aí não é preguiça. Bolsa-família é para o pobre preguiçoso viver às custas de quem paga impostos. Pensões e outros benefícios são direitos de uma vida inteira de trabalho repassados justamente aos herdeiros. Isso ocorre porque basicamente a classe média estabelece o conceito de “família” como a base da sociedade. Não da forma ampla como você entendeu, leitor, com apoio à união familiar, garantias e direitos a uma vida digna; mas sim como célula unitária, sua própria família, que deve ser defendida contra os ataques de outras “famílias”. Esse conceito diz respeito apenas aos direitos que aquelas próprias pessoas têm, independentemente de qualquer direito que venha a beneficiar a outros que não se encaixam nesse modelo. 

       De fato, a classe média paga muitos impostos. A base tributária do país é extremamente discrepante e atinge em cheio a famigerada classe média. A reação contra isso é que assusta: a classe média volta-se sempre contra os pobres – seu inimigo natural – e a qualquer benefício que possa lhes ser concedido. Não percebem que a base de cobrança é injusta pois não atinge os ricos e as grandes fortunas como deveria atingir; que são esses os que mais conseguem vantagens e deduções na hora de pagar seus impostos. Mas a classe média jamais volta suas armas contra os ricos. Afinal, ser rico é o objetivo, busca-se a todo momento o ingresso mágico para este seleto clube. Um grupo que pode desdenhar do país, sentir-se europeu em solo tupiniquim, que não tem preocupações financeiras com prestações e que dá de ombros à situação econômica que não lhes atinge. O pior é perceber que os ricos brasileiros – falo dos empresários, detentores dos meios de produção – têm um sério receio com relação a políticas por demais conservadoras. 

        Um governo que se decida verdadeiramente capitalista põe a perder todas as suas fortunas, pelo fim dos inúmeros incentivos, benefícios e financiamentos que o governo oferece às suas empresas. O capitalista no Brasil não sobrevive sem a providencial ajuda do governo. Enquanto isso, a classe média atira. Qualquer crime contra a propriedade – ainda que de pouco valor – é inadmissível. A vida do miserável vale bem menos que um iPhone. Cotas são uma afronta ao dinheiro gasto na educação particular de seus filhos. Os aeroportos viraram rodoviárias onde convivem com emergentes da classe C, apadrinhados do PT. Usam os exemplos de exceção que conhecem da própria família – “meu avô era pobre e nunca precisou de bolsa, ele trabalhou” – ou alguns outros notórios para demonstrar o absurdo da concessão de benefícios aos menos favorecidos. Esses são tidos como incompetentes e possuem uma mácula inapagável no seu caminho. O que não entendo é porque a classe média não tem a mesma frustração: afinal, se há oportunidade para todos, por que não se tornaram bilionários como Bill Gates, Steve Jobs ou Mark Zuckerberg? Todos vêm da classe média e trabalharam duro… Alguns nem terminaram suas faculdades. Aí a classe média não se vê como fracassada. O que espanta é ser uma classe escolarizada, apesar de não necessariamente culta e assume, de maneira tosca, o discurso mais conservador possível. Só lhes interessa a proteção draconiana de suas conquistas, impedindo qualquer avanço social. Culpam o PT por qualquer coisa e adotam a defesa de estados totalitários e discursos fascistas. Diante de sua posição, o PT até parece esquerda. E isso torna difícil a discussão política, o conjunto de críticas que devem ser feitas ao governo Lula/Dilma, sem precisar sugerir que a solução esteja no PSDB, DEM ou PSB. Essa dicotomia criada é falaciosa e só proporciona o crescimento do discurso do ódio e do revanchismo. Sim, a classe média sofre. Sofre de terríveis males de consciência, de problemas de personalidade e de coragem. Falta-lhes coragem para romper com uma ideologia atávica e cobrar sim direitos – a que fazem jus! – do Poder Público. Inverter a lógica de cobrar menos direitos aos outros. Precisamos de uma sociedade em que se tenha a exatidão de onde está o problema. E está longe de ser o pobre ascendendo socialmente a uma vida mais ou menos digna. As marchas andam sem sentido, sem direção e sem juízo. Que a classe média descubra que “família” é um conceito que vai além da sua própria. Que a propriedade é um direito para mais de uma classe. E que toda a sociedade é composta de seres humanos que merecem respeito e uma vida digna. Ainda que não participem de seu clube de compras.


Flávio Marcos da Silva
Economista
Texto Adaptado

quinta-feira, 27 de março de 2014

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mais Médicos: evasão de brasileiros é 20 vezes maior que a de cubanos




Ministério da Saúde recebeu comunicação de 89 médicos fora de seus postos de trabalho: 80 são brasileiros, taxa de desistência de 10%, contra 0,09% entre cubanos, que já são 5.550 ao todo
por Diego Sartorato, da RBA publicado 11/02/2014 17:49, última modificação 11/02/2014 18:31FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR
chioro
Chioro: "Para nós, as desistências são naturais. Estão sendo registradas em níveis, aliás, muito baixos"
São Paulo – O ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou hoje (11) em Brasília o balanço do primeiro ciclo de aplicação do programa Mais Médicos, que leva cerca de 9 mil médicos a cidades do interior do país. De acordo com os dados enviados ao ministério pelas prefeituras e coordenações estaduais do programa, atualmente há 89 profissionais ausentes de seus postos de trabalho. Quatro deles são cubanos que trabalham no país por meio do convênio com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), cinco são estrangeiros e 80 são brasileiros.
Os números são referentes àqueles profissionais que deixaram seus postos de trabalho sem dar explicações ao poder público. "Para lidar com isso, vamos publicar na quinta-feira (13) uma comunicação oficial cobrando explicações. Eles terão 48 horas para se manifestar e, caso não apresentem justificativas, serão oficialmente retirados do programa e substituídos. Nossa preocupação é que não haja prejuízo no atendimento à população nos municípios", afirmou o ministro.
As deserções crescem em proporção inversa em relação ao número de profissionais por nacionalidade inscritos no programa: os profissionais brasileiros representam a menor parte do Mais Médicos, com pouco mais de 800 médicos em serviço – uma taxa de desistência não comunicada de 10%. Já entre os cubanos as quatro deserções representam 0,09% dos 5.550 profissionais em atividade pelo programa. No total, há 6.600 médicos trabalhando pelo Mais Médicos.
Além das deserções, houve também desligamentos regulares, com comunicação prévia e justificativa. Entre esses, 22 cubanos voltaram para a ilha e 80 médicos brasileiros e estrangeiros saíram de seus postos.
"Para nós, as desistências são naturais. Estão sendo registradas em níveis, aliás, muito baixos. Temos de tratar esses casos com naturalidade e garantir que a população siga sendo atendida pelo programa, que é um sucesso", reafirma Chioro. O governo planeja, no próximo ciclo, elevar o número de médicos atuantes no Brasil a 13 mil, dos quais cerca de 10 mil devem ser cubanos.
Questionado sobre a intenção de o Ministério Público do Trabalho modificar as condições de pagamento aos cubanos, para equiparar os salários aos dos médicos brasileiros inscritos no programa, Chioro disse que não se trata de responsabilidade do governo brasileiro. "São servidores públicos do Estado cubano, que seguem aquele regramento, aquele estatuto. Nós firmamos um convênio com a Opas e já o cumprimos integralmente. Não temos autonomia para mexer nisso", explicou.

fonte: aqui

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Vamos melhorar o nosso rolezinho no Facebook?


   Cada um de nós desenvolve (consciente ou inconscientemente) uma estratégia de uso e de apropriação do site azul chamado Facebook. Uns publicam muito, outros publicam pouco. Uns narram obscenidades e detalhes sórdidos do dia-a-dia, já outros postam quase nada sobre a própria vida. Uns tiram o dia inteiro pra ficar sentando o lenha no Governo Dilma, outros simplesmente defendem perspectivas políticas contrárias. Uns detonam os BlackBlocks, outros são BlackBlocks.

   Uns são contra e repudiam as práticas dos rolezinhos, outros estão adorando e já estão se agendando pra ir nos próximos. Uns usam isso aqui como um verdadeiro show do eu, outros usam como muro de lamentações. Uns dão check-in no Ráscal, no aeroporto, no parque do Ibirapuera e só em lugares transados. Dar check-in na rodoviária do Tietê? Nem pensar!

   Uns bancam o 'pseudo-intelectualóide' e escrevem bobagem o dia todo, outros escrevem coisas lúcidas e inteligentes (no meu ponto de vista). E tudo isso regido por um negócio chamado algoritmo, que sofre alterações cerca de duas vezes por dia.

   Quem está certo e quem está errado nesse palco aqui? Quem usa bem e que usa mal o Facebook? São perguntas que, pra mim, não nos cabe achar respostas. Penso que devemos simplesmente ficar conectados com outros usuários que temos interesses em comum e que, para nós, postam coisas legais. Se a postura de alguém te incomoda, é simples: pare de seguir aquela pessoa, aquela fanpage, etc. Só hoje, por exemplo, eu ocultei os posts de uns 10 "amigos". Faça isso também! Certamente, o mundo será menos aborrecido.

fonte: aqui

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Poupança bate renda fixa com nova Selic

SÃO PAULO - A elevação em 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic) - para 10,50% ao ano - retomou a atratividade da poupança frente à maioria dos fundos de renda fixa.
Segundo estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), os fundos só ganham da caderneta a taxas de administração anuais mais baixas - 0,50%, 1% com resgate após seis meses ou 1,5% no longo prazo. A partir de 2%, a poupança tem maior rentabilidade do que os fundos, independentemente do prazo de resgate.
"Pelo fato de não ter incidência do Imposto de Renda nem taxa de administração, a poupança só deixa de ser interessante em fundos com taxas muito baixas, a que têm acesso apenas investidores de grande porte, que aplicam a partir de R$ 50 mil", explica Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Anefac. O investidor comum, segundo ele, costuma obter taxas a partir de 2,5% ao ano.
A caderneta havia perdido parte de sua atratividade na última elevação da Selic, em novembro do ano passado, que aumentara a taxa básica de juros para 10% ao ano - o que conferiu novo fôlego à renda fixa.
"A retomada da poupança ocorreu por causa do aumento da Taxa Referencial, que está atrelada à quantidade de dias úteis de cada mês", explica Oliveira. "Janeiro tem mais dias úteis do que o mês de dezembro. Quanto mais dias úteis, maior a TR, o que influencia no rendimento da poupança."
Na simulação da Anefac, com o novo patamar da Selic, a poupança rende 0,59% ao mês e 7,31% ao ano (6,17% mais a Taxa Referencial). Assim, um investimento de R$ 10 mil vai valer, ao fim de um ano, R$ 10.731. A mesma aplicação em um fundo com taxa de 1,5% pagaria menos ao investidor, totalizando R$ 10.706.
Para Oliveira, novas altas da Selic, no entanto, devem conferir mais atratividade aos fundos frente à caderneta. "De qualquer forma, a tendência este ano é que a poupança ganhe da inflação, pois vai render acima de 7%", diz.
No fim de agosto do ano passado, a Selic chegou a 9% ao ano, igualando os rendimentos das poupanças antiga e nova. Com a Selic maior do que 8,5%, ambas as cadernetas rendem 0,50% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da Taxa Referencial (TR).
Em 2013, apesar de ter tido captação líquida recorde, de R$ 71 bilhões, o rendimento da nova caderneta ficou em 5,67% - abaixo da inflação oficial, o IPCA, que foi de 5,91%.
Ano tumultuado. O coordenador do Laboratório de Finanças do Insper, Michael Viriato, acredita que o ano não será fácil para o brasileiro ter ganho com investimentos por causa da conjuntura nacional e internacional. "A economia brasileira parece não estar desempenhando o desejado e existem também incertezas com relação ao cenário internacional tanto dos Estados Unidos como da China", diz Viriato.
No caso dos investimentos em ações, por exemplo, ele acredita as incertezas podem trazer um resultado ruim para o investimento. Este ano, o Ibovespa já acumula queda de 2,72% - em 12 meses, o recuo é de 18,83%. "O ano eleitoral costuma ser marcado por volatilidade na Bolsa. E também existe uma dúvida em relação a qual será a política econômica do Brasil em 2015", afirmou.
Para o longo prazo, o professor do Insper destaca as Notas do Tesouro Nacional - série B (NTN-Bs), atrelados à inflação. "Como o juro subiu ao longo dos últimos meses e o mercado acredita que o ciclo de alta deve se encerrar nos próximos meses, o juro real apresentado pelo papéis NTN-Bs é bastante atrativos numa perspectiva internacional."
fonte: aqui