quarta-feira, 30 de maio de 2012

Baixa de Juros x Cooperativas de Crédito


    Nos últimos dias acompanhamos na mídia vários movimentos de baixa de juros pelos bancos públicos dentro de uma estratégia de governo, e posteriormente por alguns bancos privados. Nesse momento é importante entender as estratégias que tem por traz disso:
    - Para o Governo – o Governo por ser “dono” dos  bancos públicos decidiu que os mesmos deveriam baixar os juros para pressionar os bancos privados. Ter um nível de juros mais baixo do que os patamares existentes hoje são importantes para desenvolvimento do país na visão do governo. Outro objetivo do governo com a baixa nos juros é manter o nível de consumo dos brasileiros em alta para o crescimento do País se manter e não gerar crise econômica.
    - Para os bancos públicos – No ano de 2008 quando ocorreu uma grande crise mundial os bancos públicos já usaram essa "jogada",  baixaram os juros e liberaram mais créditos para os brasileiros e com isso ganharam em torno de 12% do mercado de crédito dos bancos privados. Nesse momento os bancos públicos estão utilizando a mesma estratégia, que é diminuir os juros de algumas linhas de crédito e oferecer mais dinheiro para os tomadores de crédito. O que tem de novo na proposta deste ano é que o banco não abriu isso para todos os clientes, mas, usou parâmetros para facilitar o crédito e cobrar menos juros dos clientes do banco que oferecem menor risco, e está repassando essa redução aos clientes por meio de reajuste tarifário.
    Segue abaixo um resumo de critérios que o tomador de crédito deve ter para se enquadrar nas novas taxas dos bancos:
- Assalariados que recebem salário no próprio banco;
- Aposentado/pensionista que recebem o benefício no próprio banco;
- Clientes com nível de risco classificado pelo banco de no máximo “B”;
- Micro e pequenas empresas que tenham negócios com o próprio banco;
    Outros fatores relevantes são os valores e o prazo de financiamento. Por exemplo: no financiamento de veículo com taxa reduzida, além de ter que se enquadrar nos critérios acima, para financiar com taxa mínima só é possível fazer em poucas parcelas.
    - Para as Cooperativas Crédito – tradicionalmente as cooperativas já operam com taxas iguais e menores das anunciadas pelos bancos. Para melhor dialogar com os cooperados sobres a mudanças de juros, os Funcionários e Diretores devem estar preparados para abordar os cooperados e informá-los sobre as mudanças, deixando o cooperado ciente de que o alvo da mudança é um público muito reduzido de pessoas.
    Com o objetivo de dar maior visibilidade para associados sobre as taxas de juros que a Cooperativas praticam, essas vem constantemente ajustando produtos para que seja cada vez mais competitivos e adequado a demanda de seus cooperados. Abaixo segue alguns diferenciais que devem ser analisados pelos tomadores de crédito de cooperativas a fim de comparar os produtos:
- Fidelidade nas cooperativas vale "ouro" - as cooperativas possuem programa de relacionamento que proporciona um deferencial para cooperados que tem maior aderência aos produtos e negócios e com ela, quanto mais o cooperado movimenta com sua cooperativa, mais benefícios ele tem;
- Ter um bom histórico de negócios - faz com que as taxas de juros de empréstimos sejam até 30% menores que o crédito normal;
- IOF  Imposto sobre Operações Financeiras  - nas Cooperativas de crédito é 09 vezes menor em relação aos bancos. Os bancos retêm 3,38% de IOF, enquanto, as Cooperativas de crédito apenas 0,38%., como exemplo, em uma operação de R$ 10.000,00 parcelado em 36 meses a economia pode chegar a R$ 925,96 para o cooperado.
- Juros menores - Um dos motivos para a taxa de juros ser menor que a média cobrada pelos bancos é que o dinheiro dos empréstimos vem dos próprios cooperados, o custo é baixo.
    O objetivo da cooperativa de crédito, não se restringe somente no serviço de ser um agente financeiro, sujeito às oscilações do mercado, mas principalmente, de satisfazer às necessidades individuais de seus cooperados que apostaram na concepção do negócio, em sua viabilidade, e que são partícipes de sua eficácia, através da implementação de ações coletivas. Há que se considerar ainda outros benefícios tangíveis oferecidos pelas cooperativas de crédito, tais como: empréstimos e financiamentos com taxas menos onerosas que o sistema bancário tradicional.


Flávio Marcos da Silva
http://flaviomarcos-pr.blogspot.com
twitter: @flaviocresol

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