Durante
certos períodos da vida, é muito comum acreditarmos piamente em algumas
“verdades” – na hora em que elas aparecem as consideramos como
absolutas. É assim quando nós conhecemos e gostamos de alguém, é assim
em nosso trabalho e em outros momentos importantes que fazem parte de
nossa vida.
Quando o assunto é dinheiro, essas verdades absolutas
são também muito comuns: acreditamos que os melhores investimentos são
aqueles que foram sugeridos e feitos durante a vida toda pelos nossos
pais, por exemplo.
Mais, acreditamos que investir no mercado de
ações é simplesmente acreditar na sorte, batemos o pé quando alguém
conta como conseguiu prosperar com muito esforço e principalmente nos
mostramos muito interessados quando somos apresentados a ideias
mirabolantes de enriquecimento rápido e fácil.
Vem fácil , vai fácil…
Tudo
o que vem muito fácil e cativa na mesma velocidade tem, via de regra,
uma característica peculiar, carrega consigo uma forte tendência de
levar as pessoas ao desapontamento. Quem não lembra de uma paixão
momentânea ou mesmo uma decepção no trabalho vinda de alguém em quem
confiávamos e que puxou o tapete no momento daquela promoção?
Amizades
verdadeiras são construídas com o tempo e com o exemplo. Aparência não é
o mais importante e você já deve ter notado isso. A verdade é que tudo
sempre tem vários caminhos e nem sempre descobrimos a tempo que estamos
indo pela estrada errada. Quando percebemos, é tarde para passar sem
feridas pelo caminho de volta.
Mudanças precisam ser aproveitadas
Trazendo
nossa conversa para o lado financeiro, culturamente vivemos em um país
que conviveu durante muito tempo com a superinflação – o salário para
valer algo precisava ser utilizado no mesmo dia.
Os mais novos
que estão lendo o texto talvez não consigam imaginar essa realidade, mas
as pessoas precisavam estocar alimentos de toda espécie em congeladores
e despensas enormes para conseguir sobreviver ao restante do mês.
Atualmente,
temos um período de inflação alta, mas nem de perto ela pode ser
comparada ao que aconteceu nas décadas de 80 e início dos anos 90. Nesse
mesmo período de crise econômica, outro fator determinante foi a
(praticamente) inexistência da classe média: a quantidade de pobres
(muito pobres) era muito alta e as pessoas basicamente tratavam de
sobreviver.
Demanda reprimida e crédito (caro) farto são uma porta aberta para o consumo sem planejamento. Esse período de grave crise fez com que as pessoas, durante muito tempo, tivessem uma demanda de consumo reprimida.
A
sensação de precisar de algo em um momento onde o crédito foi farto
(mas caro) empurrou muitas pessoas para o endividamento – mais uma vez
fizemos, como sociedade, a opção pelo caminho errado. A duras penas
estamos descobrindo que o consumo precisa ser feito de forma consciente,
com planejamento e tempo.
Nos investimentos, hoje se observa o
mesmo. Muitas pessoas continuam se fechando para a nova realidade e cada
vez mais desistem de buscar alternativas, enxergando apenas a velha e
já não tão boa caderneta de poupança.
Aqui, o caminho errado não é
apenas o fato de escolher um investimento ruim, mas também não
demonstrar interessar em conhecer o que de fato acontece no mercado
atual. Afinal, o que foi bom no passado não representa garantia de
sucesso no futuro, você já ouviu isso, certo?
Se você traçou o
caminho errado, o mais importante é reconhecer o erro. Não tenha medo de
recomeçar e tentar outros caminhos. Cuide das feridas e não desista. O
tempo pode ser seu aliado ou seu inimigo, por isso todo passo deve ser
dado com planejamento e atenção.
Lembre-se: estamos em 2013 e não
podemos agir como se o mundo tivesse parado na década de 80. Desenvolva
hábitos e cultive as oportunidades que terão efeito prático e positivo
hoje.
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