sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sete em cada dez brasileiros apoiam a vinda de médicos estrangeiros

Sete em cada dez brasileiros apoiam a vinda de médicos estrangeiros: De um lado, o governo federal defende a vinda de médicos do exterior para suprir a demanda por esses profissionais no país; do outro, a classe médica discorda da forma encontrada pelo Ministério da Saúde para resolver o problema. Em meio a essa disputa es...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Poupança de cooperativas de crédito bate recorde em agosto

Em agosto, os poupadores receberam R$ 8 milhões de rendimentos em suas contas. Foto: Divulgação

O ingresso de recursos na caderneta de poupança do Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil), bateu recorde no mês passado. Os depósitos superaram as retiradas em R$ 43,4 milhões, com evolução de 2,47% sobre o saldo da carteira. Para efeito de comparação, a média de crescimento na poupança registrada no mercado, no mesmo período, foi de 0,8%.
O bom resultado representa o melhor desempenho da arrecadação de poupança pelo Sicoob no mês de agosto, superando o do ano passado, quando o montante chegou a R$ 37 milhões. Representa também o quarto melhor mês da série histórica desde 2008.
"A evolução da poupança Sicoob é resultado da captação promovida pelas cooperativas singulares do Sicoob e atual conjuntura do mercado, em que o médio investidor busca investimentos mais tradicionais e conservadores, diante de eventuais dúvidas quanto ao curto e médio prazo", diz o gerente de Captações do Bancoob, Ricardo de Amorim Hermes.
O desempenho da poupança vem se mantendo positivo ao longo do ano. O valor acumulado em 2013 é o maior captado nos oito primeiros meses de um ano, com R$ 278 milhões, ultrapassando o resultado de 2012 que contou com R$ 218 milhões no mesmo período. Reflexo direto dos aumentos dos depósitos no Sistema. De janeiro a agosto, chegaram a R$ 2,47 bilhões, superando as retiradas.

O valor captado no período representa um crescimento de 27,4% em comparação ao ano anterior. Em agosto, os poupadores receberam R$ 8 milhões de rendimentos em suas contas. De janeiro a agosto, os rendimentos estão acumulados em R$ 48,5 milhões

domingo, 15 de setembro de 2013

Morre Gushiken, o guerreiro visionário

Gushiken foi uma das lideranças sindicais mais capazes da história recente do Brasil. Acha exagero? Pergunte ao Lula qual é a opinião dele acerca dessa frase. Sua liderança não estava apenas associada ao seu carisma ou à sua capacidade de articulação. E ele tinha os dois. Mas Gushiken era maior que isso. Era um intelectual.


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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DEMAGOGIA ELEITOREIRA - DRAUZIO VARELLA

A questão dos médicos estrangeiros caiu na vala da irracionalidade.
De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior; de outro, o governo que apresenta o programa como a salvação da pátria.
No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS.
Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.
Assistência médica sem médicos é possível, mas inevitavelmente precária. Localidades sem eles precisam tê-los, mesmo que não estejam bem preparados. É melhor um médico com formação medíocre, mas boa vontade, do que não ter nenhum, ou contar com um daqueles que mal olha na cara dos pacientes.
Quando as associações que nos representam saem às ruas para exigir que os estrangeiros prestem exame de revalidação, a meu ver, cometem um erro duplo.
Primeiro: lógico que o ideal seria contratarmos apenas os melhores profissionais do mundo, como fazem americanos e europeus, mas quantos haveria dispostos a trabalhar isolados, sem infraestrutura técnica, nas comunidades mais excluídas do Brasil?
Segundo: quem disse que os brasileiros formados em tantas faculdades abertas por pressão política e interesses puramente comerciais, são mais competentes? Até hoje não temos uma lei que os obrigue a prestar um exame que reprove os despreparados, como faz a OAB.
O purismo de exigir para os estrangeiros uma prova que os nossos não fazem, não tem sentido no caso de contratações para vagas que não interessam aos brasileiros.
Esse radicalismo ficou bem documentado nas manifestações de grupos hostis à chegada dos cubanos, no Ceará. Se dar emprego para médicos subcontratados por uma ditadura bizarra vai contra nossas leis, é problema da Justiça do Trabalho; armar corredor polonês para chamá-los de escravos é desrespeito ético e uma estupidez cavalar.
O que ganhamos com essas reações equivocadas? A antipatia da população e a acusação de defendermos interesses corporativistas.
Agora, vejamos o lado do governo acuado pelas manifestações de rua que clamavam por transporte público, educação e saúde.
Talvez por falta do que propor nas duas primeiras áreas, decidiu atacar a da saúde. A população se queixa da falta de assistência médica? Vamos contratar médicos estrangeiros, foi o melhor que conseguiram pensar.
Não é de hoje que os médicos se concentram nas cidades com mais recursos. É antipatriótico? Não agem assim engenheiros, advogados, professores e milhões de outros profissionais?
Se o problema é antigo, por que não foi encaminhado há mais tempo? Por uma razão simples: a área da Saúde nunca foi prioritária nos últimos governos. Você, leitor, lembra de alguma medida com impacto na saúde pública adotada nos últimos anos? Uma só que seja?
Insisto em que sou a favor da contratação de médicos estrangeiros para as áreas desassistidas, intervenção que chega com anos de atraso. Mas, devo reconhecer que a implementação apressada do programa Mais Médicos em resposta ao clamor popular, acompanhada da esperteza de jogar o povo contra a classe médica, é demagogia eleitoreira, em sua expressão mais rasa.
Apresentar-nos como monetaristas privilegiados que se recusam a atender os mais necessitados, enquanto impedem que outros o façam, é vilipendiar os que recebem salários aviltantes em hospitais públicos e centros de atendimentos em que tudo falta, pessimamente administrados, sucateados por interesses políticos e minados pela corrupção mais deslavada.
A existência de uma minoria de maus profissionais não pode manchar a reputação de tanta gente dedicada. Não fosse o trabalho abnegado de médicos, enfermeiras, atendentes e outros profissionais da saúde que carregam nas costas a responsabilidade de atender os mais humildes, o SUS sequer teria saído do papel.
A Saúde no Brasil é carente de financiamento e de métodos administrativos modernos, que lhe assegurem eficiência e continuidade. Reformar esse mastodonte desgovernado, a um só tempo miserável e perdulário, requer muito mais do que importar médicos, é tarefa para estadistas que enxerguem um pouco além das eleições do ano seguinte.

DRAUZIO VARELLA

domingo, 8 de setembro de 2013

Crédito fácil: não caia nessa conversa!

Crédito fácil: não caia nessa conversa!

Baseado nos últimos indícios econômicos e financeiros, a crise financeira parece já ter atravessado o seu pior momento. A calmaria assusta e ainda há muito o que se compreender e viver até que possamos crer no fim da crise. O fato é que, aqui no Brasil, as boas notícias são comemoradas sobretudo em referência à volta do crédito ao mercado e aos consumidores. Nos próximos meses, ações do governo e de mídia baterão forte na tecla de que devemos consumir através de ofertas e programas governamentais com renúncia fiscal que baratearam os produtos.



De olho no status…
Cabe repetir: cuidado com o desejo pelo simples ato de esbanjar status. Não pense que, ao comprar algo, a compra lhe conferirá poder sobre as pessoas. Ninguém é melhor do que ninguém porque comprou um carro ou um computador de última geração. Muitas vezes, essa compra esconde uma conta negativa e uma vida financeira arruinada. Vale a pena viver “de fachada”?

Soa como uma ótima noticia, não é mesmo? Calma lá. Depende! Depende da forma como você vai encarar a volta ao consumo e, principalmente, se você planejará a compra de um novo bem. Algumas perguntas devem muito bem respondidas e vamos abordá-las aqui neste texto. A primeira pergunta é simples: será que eu preciso desse bem, nesse momento? Trata-se da questão entre comprar por comprar e comprar por necessidade.

A questão é polêmica, mas precisa ser abordada pela ótica do planejamento. Nós brasileiros somos os reis do desperdício. Quem já teve coragem de verificar o valor dos alimentos que foram jogados ao lixo no último mês? Ou mesmo de mais uma bolsa ou DVD, que depois de pouco tempo ficam lá guardados, por muitos anos, sem uso? Isso sem falar na mania de comprar um celular novo quando o atual ainda funciona perfeitamente e não tem nem mesmo um único ano de utilização.
O consumo precisa ser consciente, inteligente, nem sempre relacionado à vontade, mas dentro de um critério de necessidade e oportunidade.
Surge então a segunda questão: como vou comprar?A volta do crédito fácil é perigosa. Hoje pela manhã, ouvi a seguinte história: uma senhora, depois de alguns anos com o mesmo carro, resolveu trocar o veículo por um mais novo. O valor de manutenção anual do carro já dizia que a estratégia mais inteligente seria a compra de um carro novo.
A senhora dirigiu-se ao banco em que possui conta e com o qual mantém relacionamento e foi “aconselhada” pelo gerente a não mexer no valor de suas aplicações (montante mais que suficiente para a compra do automóvel e para manter uma reserva saudável) e financiar a compra do carro novo.
Percebe-se que muitas pessoas são levadas a acreditar que prazos estendidos e valores pequenos são as melhores alternativas de compra. No caso de nossa história, há bom fluxo de caixa, os investimentos são alimentados, o fundo de reserva é bom e ainda assim queriam “empurrar” um financiamento. É o tipo de atitude reprovável e condenável.
É óbvio que a grande maioria dos gestores são pessoas sérias e jamais defenderiam uma situação como essa (quero acreditar que seja assim), mas a realidade do fato mostra que isso acontece com certa freqüência. Felizmente, no caso acima o desfecho não foi o desejado pelo gerente, pois a senhora foi orientada por pessoas de seu convívio a não realizar tamanha sandice.
Nota-se que a ingenuidade dos consumidores é explorada. O conselho antes de tomar qualquer decisão que envolva dinheiro é objetivo e direto: procure entender o que está diante de você, informe-se e busque a opinião de outras pessoas, amigos ou parentes. A história verídica se encaixa no contexto do artigo justamente para exemplificar que, mesmo na necessidade, existem formas e maneiras mais apropriadas para se comprar bem.
Comprar financiado deixa o bem mais caro, portanto avalie bem o que fazer. Não caia na conversa de parcelas pequenas. Elas matam o seu poder de investimento e seu futuro financeiro fica comprometido.

Merecem respeito todos os cidadãos que já pensam e planejam o futuro. E investem, não só dinheiro, mas parte de seu tempo para ajudar pessoas e melhorar seu conhecimento através de leituras, cursos e bons papos com os amigos. Sempre valorizando o que a vida tem de melhor: o respeito pelo outro e por si mesmo.
Então, cuidado! Não caia na idéia e no atrativo do consumo fácil. Os juros estão baixando, o que é ótimo. Mas continuam altos, muito altos. Se quer realizar o sonho da compra de um bem precioso, exerça seu poder de realização e planeje a compra com sabedoria, disciplina e paciência.

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