Crise
econômica: oportunidade para quem quer ficar rico. Momentos de turbulência
escondem ótimas chances de investir e multiplicar o patrimônio. Atenção!
Aproveite a crise
para ficar rico - Foto: Shutterstock
Os últimos meses no
Brasil têm sido de muita apreensão. Inflação alta, juros subindo, desconfiança
do consumidor somam-se aos primeiros sinais de desemprego, já visíveis nas
últimas pesquisas. Todas essas notícias acabam criando nas pessoas um
sentimento de medo; talvez não exista nada mais danoso para uma nação do que a
falta de esperança.
“A esperança seria a maior das forças
humanas, se não existisse o desespero” (Victor Hugo)
Para dar conta das
necessidades do momento, o governo federal prepara cortes no orçamento deste
ano: os números definitivos ainda não foram divulgados, mas o ministro Joaquim
Levy afirmou, em uma entrevista recente, que os cortes ficarão entre
R$ 70 e R$ 80 bilhões. Números expressivos para um país que se acostumou a
gastar (muito). Há chance de aumentarem impostos também.
Hora de rever e respeitar as prioridades
O esforço do
governo se deve à necessidade de garantir o cumprimento da meta de superávit
primário, dinheiro que o governo economiza para pagamento da sua dívida
pública.
Ao buscar cumprir
sua meta de superávit, o governo trabalha para recuperar a credibilidade
perdida nos últimos anos do governo, período em que as contas
públicas se deterioraram, trazendo graves problemas ao país.
Se o governo está
cortando despesas e arrumando a casa, passa um sinal óbvio à sociedade de que o
caminho seguido até pouco tempo estava equivocado. Com a chegada de Joaquim
Levy, ficou claro que o governo percebeu (antes tarde do que nunca) que o
crescimento sustentável desejado só viria depois de rever os gastos, arrumar a
casa e tratar a economia com austeridade.
Sempre que atravessamos períodos de
crise é natural que as pessoas também passem a apertar os cintos. A leitura é
de que se até o governo decidiu optar por esse caminho, as pessoas também precisam entender que
o momento é de definir e respeitar prioridades.
Investir: uma prioridade em momentos de crise
Gosto de pensar que
as crises oferecem muitas oportunidades, inclusive de enriquecer mais
rapidamente. É claro que devemos olhar a situação toda com cautela, analisar o
orçamento com cuidado e cortar despesas, mas o momento oferece excelentes
chances de bons negócios.
Cortar despesas
significa, no meu ponto de vista, a garantia necessária para a manutenção da
estratégia de investimentos. Estudando as crises passadas, percebi que nelas
surgem as melhores chances de investir: é nesse momento (durante a crise) que
muita gente vai preparando o terreno para ficar rico.
Infelizmente, muita
gente prefere ir pelo caminho contrário, pois deixa de investir e prefere
manter o conforto momentâneo que alguns bens e serviços oferecem, inclusive não
dando bolsa para a alta dos preços.
Já no início do
ano, aqui em casa colocamos uma meta: reduzir os nossos gastos em 30%. Mesmo com um bom controle desenvolvido ao longo do tempo, nossa meta foi
bastante ousada. Confesso, foi complicado encontrar e cortar despesas para
atingir nosso objetivo.
Depois de colocar a
“mão na massa”, nossa meta está sendo superada e o que conseguimos economizar
está sendo integralmente investido.
É verdade que a
tranquilidade desse momento só é possível porque me preparei para enfrentar as
dificuldades de uma crise econômica. Nos últimos anos, “turbinei” minha reserva
de emergências e ter os números na ponta do lápis facilitou o serviço de encontrar possíveis despesas que poderiam
ser reduzidas.
Crises vêm e vão, precisamos aprender sobre elas e aproveitá-las
Se para muita gente
a crise tem sido cruel, de minha parte não posso reclamar; digo isso com
tranquilidade e assumindo a responsabilidade de compartilhar meus pensamentos e
atitudes a respeito dessa questão. Educação financeira também significa
aprender a lidar com os momentos de crise e aproveitá-los.
As crises fazem
parte do desenvolvimento das sociedades há séculos. Períodos de grande bonança
acabam, mais cedo ou mais tarde, levando a períodos de dificuldades; o problema
é justamente a falsa sensação de segurança dos bons momentos, capaz de deixar
as pessoas acomodadas e acreditando que emergências nunca acontecerão.
Na última década,
muita gente surfou no crescimento econômico do país e uma nova classe média
surgiu, mas baseada no consumo (e não na formação de patrimônio) – um grave
erro que precisa ser estudado com carinho, para que na próxima onda de
crescimento as pessoas percebam que as práticas de consumo consciente são
indispensáveis.
Para ficar rico é necessário ir muito além da caderneta de poupança
Na minha história,
passei pela caderneta de poupança, provavelmente como todo investidor. Hoje, o
país oferece inúmeras oportunidades melhores para quem busca investir,
inclusive para quem quer começar.
Estou falando de
produtos tão ou mais seguros que a poupança e que oferecem rentabilidades muito
melhores. Se levarmos em consideração o atual cenário econômico e financeiro do
país, veremos que a poupança não é adequada, pois perde para a inflação em um
período de 12 meses.
Um dos
investimentos mais apropriados nesse sentido é o Tesouro Direto,
que está acessível a todos, com investimento inicial baixo (menos de R$ 50,00).
Conclusão
Não se deixe abater
pelo pessimismo crescente em momentos de crise. Acompanhe o noticiário com
cautela e um filtro bem inteligente para assim considerar que as crises podem
oferecer as oportunidades necessárias para seu objetivo de ficar rico.
“Quando escrito em chinês, a palavra
crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa
oportunidade” (John F. Kennedy)
Momentos como os de
hoje oferecem inúmeras chances de bons negócios: existem ativos com preços mais
acessíveis, oportunidades apropriadas para negociar a compra e venda de bens e
investimentos atraentes na renda fixa com os juros em alta são alguns exemplos.
Comece olhando para
dentro de casa, veja o que merece sua atenção, negocie com fornecedores e
substitua produtos por outros mais em conta. Trabalhe dobrado e faça sua renda
crescer, afinal o país voltará a crescer (ainda bem) algum dia e, quando essa
hora chegar, as boas oportunidades não estarão tão disponíveis como agora.
Fonte: texto adaptado Flávio Marcos aqui