domingo, 29 de dezembro de 2013

BRASIL SERÁ A 5ª ECONOMIA EM 2023, PREVÊ CONSULTORIA

Relatório do britânico Centro de Pesquisas Econômicas e de Negócios (CEBR) vai contra a maré de análises pessimistas feitas por economistas e colunistas da imprensa brasileira; segundo o CEBR, o Brasil deverá superar economias desenvolvidas, como Alemanha e Reino Unido, dentro de dez anos; estimativa é de que o ganho da produtividade na agricultura e o resultado do acordo histórico conquistado na OMC, na Rodada de Doha, trará grandes benefícios para os brasileiros; China se tornaria a primeira do mundo em 2028.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Querem mais superavit primário? Pois vejam de quem isso tira dinheiro: dos pobre

bolsa

O blog Dinheiro Público, da Folha, publica três gráficos que reproduzo a seguir, com alterações, para mostrar a evolução dos gastos do Governo Federal com benefícios sociais – aposentadorias, pensões, auxílios diversos, seguro-desemprego, abono salarial, assistência a idosos e deficientes e, a partir do Governo Lula, o Bolsa Família.
Acrescentei aos gráficos o valor que representam como porcentagem do PIB brasileiro, corrigido, como os demais valores, pelo IPCA.
Verifique, abaixo, como foi o volume e perfil destes gastos no início do governo Fernando Henrique.
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Repare que as despesas da previdência significavam mais de 80% dos gastos totais. Estes, por sua vez, representavam 5,45% do Produto Interno Bruto do país.
Logo no início do governo Lula, registrou-se uma pequena elevação:
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Repare que as aposentadorias e pensões continuaram representando mais de 75% do total, porque além do crescimento natural, tiveram um salto com as antecipações de aposentadorias causadas pela reforma da Previdência, a dobra dos auxílios a deficientes e idosos e o início do Bolsa Família.
Agora, o último gráfico mostra o que ocorreu durante o Governo Lula e os dois primeiros anos do Governo Dilma.
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Fica claro que, se os gastos do Governo Federal tivessem se mantido nos níveis recebidos por Lula de Fernando Henrique, crescendo apenas na proporção em que crescia a economia, seria fácil manter a geração de superávits primários num nível até acima do que os governos do PSDB fixavam.
Como estes benefícios, na maioria, são relacionados ao salário-mínimo, é fácil imaginar a redução de gastos se os governos Lula/Dilma não tivessem produzido uma elevação do mínimo, de cerca de 60%, nos seus governos.
Não são os gastos de custeio da máquina pública ou o da remuneração dos servidores que estão representando um aumento de despesas públicas.
É o que tem sido transferido – em aposentadorias, pensões, auxílios e abonos – aos segmentos mais frágeis do povo brasileiro e que faz girar a economia brasileira.
Quem defende superavits maiores tem de ter a honestidade – e a crueldade – de dizer que é destas pessoas que se terá de tirar, até porque são os mesmos que defendem a continuidade de uma política de juros altos que, todo ano, consome dois terços do valor que se destina a estes gastos sociais.
E assuma ser o que é: algoz dos pobres.

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domingo, 20 de outubro de 2013

Revolução Recente na Agroindústria Brasileira: a Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas

Colheitadeiras no Brasil
De 1990 a 2006 anos, no campo brasileiro, a área plantada evoluiu 20%, e o número de hectares operados por trator, 84%. Nesses 16 anos, as grandes indústrias produtoras de tratores, colhedeiras, equipamentos e implementos cresceram no Brasil, utilizando a mais moderna tecnologia existente no mundo, e tornaram-se exportadoras para 149 países,invertendo o saldo comercial negativo de US$ 98 milhões, em 2001, para o superávit de US$ 880 milhões em 2006. Mas muitos “urbanóides” brasileiros não conhecem essa revolução recente na agroindústria brasileira. Pior: até mesmo economistas desenvolvimentistas abandonaram a abordagem estruturalista ao focarem apenas a suposta “desindustrialização”. Sendo assim, vale ler com atenção a notícia abaixo.
Carine Ferreira (Valor, 09/10/13) informa que, em 2013, pela primeira vez na história, as vendas de colheitadeiras no Brasil vão superar o número de unidades comercializadas em toda a Europa Ocidental, em um movimento que consolidará o país como o segundo maior mercado global para esses equipamentos, atrás apenas dos Estados Unidos.
De acordo com estimativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que representa as grandes multinacionais que atuam nesse segmento no Brasil, as vendas no país deverão somar 8,5 mil unidades neste ano, ante 13,6 mil nos EUA e 7,2 mil na Europa Ocidental. Em 2012, o mercado interno americano alcançou 12.728 unidades, enquanto o europeu chegou a 7.817 e o brasileiro, a 6.278 – 17,5% mais que no ano anterior.
De janeiro a setembro de 2013, realça Milton Rego, vice-presidente da Anfavea, as vendas no Brasil já somaram 5.652 unidades, o que representou um incremento de 55,7% na comparação a igual intervalo do ano passado. Assim, afirma, a Europa Ocidental, onde o potencial de crescimento é menor, ficará mesmo para trás. Resta saber se a tendência de queda da rentabilidade dos grãos nesta safra 2013/14 se confirmará e afetará esse forte ritmo de crescimento.
Em 2005, quando o valor bruto da produção agrícola brasileira tombou em razão de uma conjunção desfavorável formada por câmbio adverso às exportações, preços baixos e estiagem na região Sul, as vendas de colheitadeiras no país atingiram 1.534 unidades, quase 73% menos que em 2004 (5.605 unidades). É clara a correlação no Brasil, portanto, entre investimentos em mecanização e renda agrícola.
Situação diferente da observada nos Estados Unidos, o grande líder global em vendas de colheitadeiras. Naquele mercado, afirma Rego, as variações de renda são menores – há subsídios e 90% da área cultivada no país é segurada, ante um percentual que varia entre 8% e 10% no Brasil – e, por isso, a substituição de uma colheitadeira por outra mais nova ou mais potente se dá mais por questões técnicas.
Assim, o impressionante crescimento das vendas de colheitadeiras e máquinas agrícolas em geral no Brasil desde 2011 está atrelado a sucessivas safras rentáveis – sobretudo de soja – e reforçou uma tendência de modernização que ganhava força desde 2000 mas que havia perdido fôlego. Entre 2006 e 2010, as vendas de colheitadeiras ficaram abaixo da taxa média de renovação.
Do ano passado para cá, outro grande fator de estímulo às vendas foi a redução de juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que recuaram para 2,5% no segundo semestre de 2012 e atualmente estão em 3,5%.
Para que o parque brasileiro de colheitadeiras não envelheça, calcula-se que seja necessária a substituição de 5,5 mil unidades todos os anos, de acordo com o representante da Anfavea. Conforme ele, o tempo ideal de uso de uma máquina como essa é seis anos, mas, no Brasil, a idade média chega a oito ou nove anos. E algumas já têm duas décadas de serviços prestados. Nesse caso, as perdas na colheita podem chegar a 10% da produção, ante menos de 0,5% com o uso de equipamentos modernos.
No Brasil, a substituição da frota tem privilegiado máquinas de maior porte, com o objetivo de obter produtividades maiores e aproveitar melhor as janelas de plantio. Conforme o anuário da Anfavea, o grupo CNH, com suas duas marcas (Case e New Holland), liderou as vendas de colheitadeiras no país em 2012, seguida por John Deere e AGCO.
Apesar de o mercado de tratores no Brasil ser bem mais amplo que o de colheitadeiras em número de máquinas – no segmento, as vendas somaram 55.819 unidades em 2012 -, é mais difícil comparar a comercialização no país ao desempenho de outros mercados, por conta da variedade de tipos e aplicações desses equipamentos.
Em mercados desenvolvidos, como os dos Estados Unidos e da Europa Ocidental, há uma grande quantidade de microtratores (cerca de 40 mil por ano somente nos EUA) para uso em jardinagem. Em países asiáticos como China e Índia, por sua vez, muitos tratores ainda são usados para transporte, e não diretamente na atividade agrícola. E máquinas pequenas dominam as vendas.
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sábado, 19 de outubro de 2013

Atitudes diante da crise financeira empresarial

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Cada crise financeira empresarial possui a sua história. Normalmente, elas refletem o encontro de fatores internos e externos que juntos fizeram com que a crise se instalasse. A grande maioria das crises não chega de repente. Na verdade, já existiam e não eram percebidas como tal.
Uma crise financeira vai sendo construída ao longo de um tempo (às vezes longo, às vezes curto), até que um dia, no teatro corporativo, sai detrás da cortina e assume o seu lugar no palco principal.

O exemplo do “Império X”

Elas não escolhem as empresas pelo tamanho, escolhem pelas suas práticas. Não fosse assim, o grupo de Eike Batista jamais enfrentaria os problemas que está enfrentando.
A despeito de toda a complexidade do caso, o que aconteceu no grupo das empresas X pode ser simplificado e ocorrer com qualquer outra empresa, seja ela uma grande indústria ou um comércio de médio porte.Com uma gestão onde os profissionais sucumbiam aos caprichos do dono, ostentação e pouca ética na hora de estimar suas operações, aquele que chegou a ser considerado um dos 10 homens mais ricos do planeta, hoje está às turras com seus credores.
Gastar mais do que recebe, endividar-se mais do que pode pagar e querer crescer mais do que a base financeira possibilita são aspectos que devem ser observados. Ou seja, descolar-se da realidade não costuma trazer bons resultados.

As reações diante de uma crise

Interessante é perceber as diversas atitudes diante da crise. São muitas, mas podemos tipificar alguns padrões bastante úteis na hora de identificá-las. Estas atitudes podem ser também estágios por que passam uma mesma pessoa.
De uma forma ou de outra, existem aqueles que negam. Não querem aceitar o problema e continuam gastando como se nada estivesse acontecendo. Alguns até gastam mais. Tratam de manter a pose como se a crise não fosse com ele e contam com soluções mirabolantes para resolver os problemas.
Existem outros que são pragmáticos. Focam objetivamente nas circunstâncias e lançam-se na batalha para resolvê-las, não importa o tamanho do problema.
Existem outros que entram em grave sofrimento. Começam a ver tudo em volta negativamente e até desenvolvem depressão. Pessoalizam tanto que acabam achando que o próprio sacrifício resolveria o problema, pois no fundo sentem-se culpados pelo que aconteceu.
Alguns pensam em suicídio e outros chegam inclusive a cometê-lo, tamanha a agonia que lhes acomete. E há aqueles que desistem. Deixam o barco afundar sem sequer tentar salvá-lo. As vezes porque já pretendiam pular para outro ou porque já pularam.

A saída passa por encarar a crise de forma honesta

Somente uma dessas condutas é adequada para lidar com as crises financeiras e você sabe bem qual é. Enxergá-la de uma maneira prática é o primeiro passo para encontrar e seguir soluções práticas para o seu desfecho.
Os credores não desejam quebrar a empresa, pois assim perderão operações futuras e muitos deles nem receberão a sua parte. Os credores querem receber. Além disso, uma empresa só quebra se não tiver mais clientes suficientes para comprar seus produtos e não fizer os ajustes para isso.
Existem empresas que faturam 50 mil reais e são lucrativas e existem empresas que faturam 50 milhões e não são. As suas operações devem estar adaptadas à fatia de mercado que ela atende, traduzida nas receitas de vendas que possui.
Ser prático é, sobretudo, adotar um protocolo de resolução da crise com ações bem definidas. Equacionar o fluxo de caixa é a primeira delas. A empresa precisa saber e controlar diariamente seus recebimentos e pagamentos, de forma a obter fluxos de caixa positivos.
Renegociar as dívidas, buscando alongar os prazos e baixar os encargos é o próximo passo. Tanto o passivo fiscal, como o bancário e comercial podem ser parcelados. Até o passivo trabalhista se encaixa nesse perfil. Liquidar ativos pouco operacionais também é uma ação necessária para fazer dinheiro.
Além disso, é preciso aumentar a lucratividade, gerando mais caixa. Isso se consegue aumentando o volume de vendas e reduzindo custos e despesas. Ter planejamento e controle rigorosos é imprescindível – portanto, há de se considerar a implantação de uma política orçamentária. O orçamento mantém a empresa no rumo financeiro certo.
Por fim, também é necessário estabelecer um grupo de gerenciamento da crise, composto de pessoas com experiência, serenidade e conhecimento. Neste momento, pessoas de fora da organização podem dar uma grande colaboração. Existe luz no fim do túnel, por mais escuro e distante que eles possam parecer.
Foto financial crisis, Shutterstock.
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Mobile e o mundo na ponta dos dedos

Uma pesquisa divulgada recentemente pela ComScore, feita nos Estados Unidos, chamou bastante atenção. Parte significativa das visitas a sites de varejo estão sendo feitas por dispositivos móveis, representando 55% (44% pelos smartphones e 11% pelos tablets). Os 45% estão divididos em desktops e laptops.
Nos Estados Unidos, esta realidade reflete em outros dados coletados. Foi identificado que 35% dos usuários utilizam smartphones para localizar uma loja. Outros 24% para encontrar descontos e 19% pesquisam a disponibilidade dos produtos.
Os números só tendem a crescer. Sua empresa está pronta para isso? Adapte-se a realidade móvel o mais rápido possível e adeque seus anúncios para o movimento cross-device, que chegou para ficar.

E no Brasil?

A realidade não é muito diferente, principalmente se tratando dos jovens. A sociedade hoje não consegue mais separar o online do off-line. Segundo a pesquisa “Jovem Mobile.BR”, realizada pela E.life entre maio e junho deste ano com jovens de 18 a 30 anos, 95,6% já possuem smartphones e 51,7% têm tablets.
Entre as dificuldades apontadas por esses jovens estão as faltas de segurança, usabilidade e integração entre as plataformas. (Pense em como sua campanha pode ultrapassar essas barreiras).

E o que eles tanto fazem no ambiente online?

Quem conseguiu reunir esses dados foi a Pontomobi. De acordo com a pesquisa, 2,5 milhões de brasileiros já possuem o hábito de fazer compras em dispositivos móveis. Ainda segundo a análise, o brasileiro passa pelo menos 84 minutos usando o Smartphone por dia. O aparelho é checado a cada 8 minutos e 30 segundos. Mais da metade dos usuários de smartphones tem entre 12 e 34 anos. 10,7% dos brasileiros usam o dispositivo móvel como principal meio de acesso à internet, enquanto que 53,9% usa o smartphone como segundo meio. (Acredito que esse número em breve vai reverter).
Entre as principais informações buscadas podemos destacar: Entretenimento e arte (15%), notícias (12%), conhecimento geral (10%), compras e alimentos (7%), tecnologia e cuidados com a saúde (6%).
A pesquisa revela que as principais tarefas realizadas são: Ligações telefônicas (83%), e-mail (74%), buscas (67%), fotos (62%), mídias sociais (57%).

E quais as vantagens de investir em campanhas mobile?

Vamos lá… Através da hipersegmentação, você pode conhecer seus clientes, saber do que eles gostam, para assim poder impactá-los. A agilidade que o mobile proporciona permite que em pouco tempo você possa conversar com milhares de pessoas. Lembre-se de personalizar (afinal de contas, você terá informações suficientes para isso). Mensure os resultados e leve os pontos positivos para as próximas campanhas.
Sabe o que é melhor? O Mobile Marketing pode custar 300% menos do que as mídias tradicionais. Mãos à obra!

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

5 verdades sobre empreender que você precisa conhecer

5 verdades sobre empreender que você precisa conhecer

Anderson comenta: “Navarro, você é um empreendedor que admiro e gostaria de aproveitar essa oportunidade para perguntar algo simples: quais são as principais lições que você aprendeu ‘na unha’ e que pode compartilhar para amenizar um pouco o caminho de quem quer empreender? Valeu”.

Há um clichê sobre empreendedorismo que eu gosto de repetir: “Empreender é um estilo de vida”. Ah, pois é, afinal de contas quando empreendemos nós optamos por um caminho absolutamente antinatural (para muitos, não todos, é importante frisar).
Antinatural, como assim? O tema é polêmico, reconheço, mas ainda percebo que para muitas pessoas o oposto do empreendedorismo é o “emprego de verdade” (termo usado pelo Scott Gerber). Ora, se trocamos a segurança e a estabilidade da zona de conforto (salário, férias e etc.) pela árdua luta pela em busca da realização pessoal, já somos vistos como “loucos”.
E se considerarmos o desafio adicional que é estabelecer um negócio no Brasil, sobreviver aos meandros burocráticos para manter o negócio em operação e lidar com as massacrantes carga tributária e burocrática, a “profissão” empreendedor ganha contornos épicos.

Os dilemas do empreendedor

Mas, na verdade, os dilemas são mesmo de outra natureza. São muito mais relacionados ao perfil do empreendedor, sua capacidade de arriscar e correr atrás dos resultados que deste ou daquele país. Permita-me compartilhar o que aprendi nesta jornada.

1. Ideia é uma coisa, produto é outra

Ao entrar em uma loja ou site, você compra produtos e serviços, não uma ideia. A lógica por trás desse raciocínio é bem simples: como consumidores, nós trocamos nosso esforço por produtos e serviços capazes de nos trazer melhores resultados, ainda que eles sejam subjetivos.
Não há novidade nenhuma nisso, mas o recado é importante porque parece que muitas pessoas estão cheias de boas ideias, mas sem nenhum produto (ou serviço) para ser vendido. Isso é ótimo, mas não é suficiente para iniciar um negócio – talvez seja o passo inicial, mas é preciso ir além e criar algo que seja necessário (ou desejado) por clientes.

2. As vendas é que fazem o dinheiro entrar

Aqui vale enfatizar a importância de um perfil multidisciplinar no quadro de sócios ou na equipe que inicia a empresa. É comum que o empreendedor “dono” da principal ideia goste mesmo é de criar, testar e encher o produto de funcionalidades, mas não de “bater perna” e conseguir compradores para ele.
A regra básica de qualquer negócio é simples: a geração de receitas depende das vendas do produto ou serviço e isso requer um esforço comercial. Vale lembrar que mesmo um excelente produto ou serviço não se vende sozinho, muito embora isso pareça ser uma verdade em casos notórios de sucesso. Não tem jeito, é importante vender. E vender muito bem!

3. Empreender é “cool”, ser empresário é desafiador

Burocracia não combina com empreendedorismo e estilo de vida, não é mesmo? Quem se orgulha de dizer que sua vida é feita de preencher documentos, esperar liberação dos órgãos competentes e preencher planilhas e planilhas de custos, pagamentos e controles? Pois é, mas esse é o dia a dia do pequeno empresário.
Quem inicia um negócio precisa atuar como vendedor, contador, gestor de RH, suporte ao cliente e por ai vai. Não que ele vá executar cada uma destas tarefas, mas sua supervisão ativa se faz necessária pelo porte da empresa e tamanho da equipe. E isso pode ser bem entediante para algumas pessoas. Ainda assim, precisa ser feito. Bem feito.

4. Quem se relaciona são as pessoas, não as empresas

Por telefone, e-mail, redes sociais ou de forma presencial, são seres humanos que falam, escutam, argumentam, concordam e discordam. Isso pode parecer ridículo, mas fico surpreso com a quantidade de pessoas que agem como se a empresa fosse uma entidade falante.
É comum ouvirmos por ai que “as pessoas são a empresa”. Certo, mas a interpretação para esta afirmação deve ser correta: as pessoas representam a empresa, pois elas estão na empresa. Mas elas continuam sendo as “Anas”, “Gabrielas”, os “Paulos”, “Josés” e por ai vai. Entender de pessoas é fundamental para prosperar nos negócios. Ponto.

5. Tudo muda. Muda muito. Muda muito rápido

Como se não bastassem as dificuldades de ser “dono do próprio nariz”, a certeza de que nenhum dia será como os demais toma conta do estilo de vida do empreendedor. O que, convenhamos, é exatamente o que queremos e gostamos, embora represente riscos e necessidades constantes de atualização e ação.
Leis, mercado, concorrência, inovação, produtos, equipe, necessidades dos clientes, são muitos os aspectos que costumam se alterar sem aviso prévio e com consequências importantes. Uma cabeça aberta, muita dedicação e uma equipe competente são características fundamentais para aguentar tantas mexidas.

Conclusão

A essa altura é preciso fazer uma ressalva: o artigo é de opinião e, portanto, tudo que eu escrevi representa apenas minha visão sobre o empreendedorismo no seu início. Faço esse alerta porque o tema é subjetivo e requer interpretações e experiências pessoais que texto nenhum pode oferecer.
Sempre que eu trato desses assuntos em palestras e eventos, costumam dizer minhas palavras são como um “tapa na cara do empreendedor”. A reação é legal, mas não é possível sentir a dor, a frustração e as emoções de um tapa apenas ouvindo ou lendo sobre o assunto. O verdadeiro tapa (a prática) é importante.
O recado é esse: experimente, viva e arrisque-se na construção de seu negócio. Erre. Acerte. Erre de novo. Aprenda com tudo isso. E compartilhe sempre o que aprendeu. 


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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Políticos estão submetidos à pressão do voto e da avaliação de seus governos: isto é bom!

Médicos Fora de Suas Fronteiras

Alberto Carlos Almeida (Valor – Eu&Fim-de-Semana, 23/08/13) escreveu sobre a crítica idiota de que “o Programa Mais Médico é eleitoreiro”. Sendo assim, tudo que faça bem à população é eleitoreiro e, então, um política pública eleitoreira é boa! Por ser boa é que dá votos ao governante. Assim é a democracia…
“Em 2004, José Serra foi eleito prefeito de São Paulo graças à esperança, que semeou no eleitorado, de que iria resolver o problema da saúde pública. Serra tinha sido o candidato derrotado à Presidência da República, pelo PSDB, na eleição de 2002. Antes disso, ocupara por 4 anos e 1 mês o cargo de ministro da Saúde. Nessa pasta, levou a cabo várias ações de grande projeção nacional: implantação dos genéricos, que resultaram em redução dramática de preços, quebra de patentes para os remédios da aids e campanhas nacionais de vacinação. Quando disputou a Prefeitura de São Paulo, tinha, portanto, a marca de alguém capaz de resolver problemas de saúde pública.
O que ocorreu com Serra em 2004 – o candidato vencedor em uma eleição municipal ser considerado pelo eleitorado o que mais tem condições de resolver o problema da saúde -, é a regra das últimas quatro eleições municipais no Brasil. Em 2008, Eduardo Paes foi eleito prefeito do Rio de Janeiro pela primeira vez, porque foi capaz de fazer o mesmo. O governador Sérgio Cabral havia iniciado seu programa de Unidades de Pronto Atendimento (as UPAs) pouco tempo antes daquela eleição. Já havia algumas unidades em funcionamento quando foi iniciada a campanha. Nos primeiros programas de TV do horário eleitoral gratuito, Paes foi a uma UPA e afirmou que, com a ajuda do governador, iria construir e colocar em funcionamento dezenas delas no município do Rio de Janeiro. A promessa era extremamente crível: o candidato do mesmo partido e apoiado por um governador que iniciara um programa de saúde de grande impacto afirmava que iria fazer mais justamente por que contava com apoio desse governador.
No Brasil, centenas de prefeitos foram eleitos porque são médicos. A principal peça de propaganda deles na campanha é a profissão: trata-se da prova mais cabal possível de seu envolvimento e dedicação à questão da saúde. Um dos municípios mais populosos do Estado do Rio de Janeiro elegeu em 2000 um candidato médico cujo lema de campanha era tão simples quanto eloquente: “Chame o doutor”. A logomarca dessa mesma campanha era uma cruz vermelha. A saúde pública que elege prefeitos é a mesma que, com frequência, os impede de serem reeleitos. Para vencer uma campanha são geradas expectativas de solução de um problema grave na percepção dos eleitores. Para isso, a memória não é curta. Quatro anos mais tarde, o eleito é cobrado por suas promessas. É muito frequente que prefeitos eleitos para resolver o problema da saúde acabem por investir mais em obras de pavimentação do que na construção de hospitais ou na contratação de médicos. Quando isso acontece, a derrota na eleição seguinte é a regra e o vencedor será mais um político que gera a esperança de resolver o problema da saúde.
O problema que o eleitor médio quer ver resolvido é muito claro: trata-se do tempo de espera para realizar consultas e exames. Não é o mesmo tempo de espera de que os usuários da rede privada tanto se queixam. Aqui, trata-se do tempo dentro da sala de espera, já com a consulta e o exame marcados. Para a população que utiliza o sistema público de saúde, o tempo de espera a que as pessoas se referem é o que separa o dia no qual a consulta foi marcada e o momento em que serão recebidas pelo médico. Não há estatísticas confiáveis sobre isso no Brasil, mas sabe-se que é muito comum o eleitor médio esperar mais de três meses para conseguir uma consulta e mais um tempo equivalente a esse para chegar ao dia de fazer um exame. É isso mesmo. Parece mentira, mas não é. São pelo menos seis meses para que se tenha um diagnóstico de um problema de saúde que frequentemente precisa ser resolvido rapidamente.
O resultado desse quadro dramático é a superlotação das emergências dos hospitais. Na impossibilidade de realizar consultas e exames em um prazo aceitável, o cidadão vai para um hospital e entra na fila de espera da emergência. Ali, ele será atendido de qualquer maneira e, provavelmente, em menos de 24 horas. O atendimento-padrão é o seguinte: o paciente fica o tempo inteiro de pé e narra, rapidamente, o que está sentindo para o médico – que não realiza nenhum procedimento que tome muito tempo; trata-se de uma situação de emergência pressionada pela superlotação. Quanto mais rápida for a consulta, melhor para todos que estão à espera. O paciente sai do hospital com a receita de algum remédio e, muitas vezes, já o leva para casa. É comum que a cura ocorra em função do efeito placebo. O remédio receitado não era adequando para a doença, mas o efeito psicológico resultou na cura.
Nenhum sistema de saúde universal tem condições de funcionar dessa maneira sem que sua avaliação pelo eleitorado seja a pior possível. Os protestos de junho de 2013 foram motivados pelo aumento das tarifas de ônibus das grandes cidades. Quando, porém, se pergunta ao eleitor brasileiro qual o primeiro problema que o governo deveria resolver, para evitar que novos protestos venham a ocorrer no futuro, a resposta predominante é “saúde”. Repito aqui que a saúde, como principal problema do eleitor na esfera municipal e estadual, não vem de hoje. O que mudou foi a visibilidade que o problema assumiu em função dos protestos. Mais que isso, o eleitorado gostaria de ver o governo federal envolvido na ajuda a Estados e municípios para atacar esse problema.
Nesse contexto, a resposta do governo Dilma por meio da implantação do programa “Mais médicos” é absolutamente compreensível. Políticos estão submetidos à pressão do voto e da avaliação de seus governos. O tempo de espera para consultas e exames é inaceitável no Brasil. Assim, qualquer medida governamental que tenha como alvo resolver ou mitigar esse problema tende a contar com o apoio da população. Cabe aqui um parêntesis relevante. Problemas são mais consensuais do que soluções. Não há, para os eleitores que se utilizam do sistema público de saúde, a menor controvérsia quanto ao fato de que o primeiro problema a ser resolvido é o tempo de espera. Todavia, quando se entra no tema das soluções para esse problema, a controvérsia é estabelecida. Alguns dirão que é necessário contratar mais médicos, outros afirmarão que é preciso dar melhores condições de trabalho para os médicos, outros vão considerar mais importante aumentar os salários dos profissionais da saúde, e por aí vai. O governo decidiu fazer propaganda de uma solução, e não do problema a ser resolvido. Essa estratégia pode funcionar, mas trata-se de um caminho mais longo para o sucesso, justamente por dar ensejo à controvérsia.
A propósito, quando se trata de controvérsias acerca de alguma solução para os problemas da saúde pública, o mais surpreendente é a enorme resistência de parte dos formadores de opinião à contratação de médicos estrangeiros. Essa resistência tem como origem, sem dúvida, o corporativismo dos médicos brasileiros, mas floresce no terreno fértil doprovincianismo: quanto menos informações se tem sobre o que acontece em outros países, mais podemos afirmar que o que ocorre no Brasil é errado e absurdo.
Há estatísticas confiáveis e de fácil acesso acerca da contratação de médicos estrangeiros nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália. Médicos que fizeram a faculdade de medicina fora de um desses quatro países, mas que hoje lá exercem sua profissão, representam de 23 a 28% de toda a força de trabalho médica. Em suma, em torno de um quarto dos médicos de Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália são estrangeiros por formação. Os Estados Unidos contam com mais de 40 mil médicos oriundos da Índia, mais de 17 mil médicos filipinos, quase 10 mil paquistaneses, 7 mil chineses e 5 mil russos. Os médicos iranianos nos Estados Unidos são pouco mais de 4 mil.
A reação negativa à contratação de médicos estrangeiros para atuarem no Brasil tem muito mais a ver com reação corporativa e provinciana, do que com a experiência de outros países que fornecem a suas respectivas populações um serviço de saúde bem superior ao nosso no que tange à abrangência e à qualidade. É o que revelam as estatísticas desses quatro países. São dados que também fornecem uma pista importante para a contratação de médicos estrangeiros: é melhor que haja proximidade linguística. Se não for possível que a maioria seja de portugueses, que venham de países onde se fala espanhol, como Argentina, Chile e Espanha. Será no mínimo curioso ver o atendimento de saúde de muitas localidades do interior do Brasil melhorar porque médicos argentinos cuidarão de brasileiros.”


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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sete em cada dez brasileiros apoiam a vinda de médicos estrangeiros

Sete em cada dez brasileiros apoiam a vinda de médicos estrangeiros: De um lado, o governo federal defende a vinda de médicos do exterior para suprir a demanda por esses profissionais no país; do outro, a classe médica discorda da forma encontrada pelo Ministério da Saúde para resolver o problema. Em meio a essa disputa es...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Poupança de cooperativas de crédito bate recorde em agosto

Em agosto, os poupadores receberam R$ 8 milhões de rendimentos em suas contas. Foto: Divulgação

O ingresso de recursos na caderneta de poupança do Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil), bateu recorde no mês passado. Os depósitos superaram as retiradas em R$ 43,4 milhões, com evolução de 2,47% sobre o saldo da carteira. Para efeito de comparação, a média de crescimento na poupança registrada no mercado, no mesmo período, foi de 0,8%.
O bom resultado representa o melhor desempenho da arrecadação de poupança pelo Sicoob no mês de agosto, superando o do ano passado, quando o montante chegou a R$ 37 milhões. Representa também o quarto melhor mês da série histórica desde 2008.
"A evolução da poupança Sicoob é resultado da captação promovida pelas cooperativas singulares do Sicoob e atual conjuntura do mercado, em que o médio investidor busca investimentos mais tradicionais e conservadores, diante de eventuais dúvidas quanto ao curto e médio prazo", diz o gerente de Captações do Bancoob, Ricardo de Amorim Hermes.
O desempenho da poupança vem se mantendo positivo ao longo do ano. O valor acumulado em 2013 é o maior captado nos oito primeiros meses de um ano, com R$ 278 milhões, ultrapassando o resultado de 2012 que contou com R$ 218 milhões no mesmo período. Reflexo direto dos aumentos dos depósitos no Sistema. De janeiro a agosto, chegaram a R$ 2,47 bilhões, superando as retiradas.

O valor captado no período representa um crescimento de 27,4% em comparação ao ano anterior. Em agosto, os poupadores receberam R$ 8 milhões de rendimentos em suas contas. De janeiro a agosto, os rendimentos estão acumulados em R$ 48,5 milhões

domingo, 15 de setembro de 2013

Morre Gushiken, o guerreiro visionário

Gushiken foi uma das lideranças sindicais mais capazes da história recente do Brasil. Acha exagero? Pergunte ao Lula qual é a opinião dele acerca dessa frase. Sua liderança não estava apenas associada ao seu carisma ou à sua capacidade de articulação. E ele tinha os dois. Mas Gushiken era maior que isso. Era um intelectual.


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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DEMAGOGIA ELEITOREIRA - DRAUZIO VARELLA

A questão dos médicos estrangeiros caiu na vala da irracionalidade.
De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior; de outro, o governo que apresenta o programa como a salvação da pátria.
No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS.
Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.
Assistência médica sem médicos é possível, mas inevitavelmente precária. Localidades sem eles precisam tê-los, mesmo que não estejam bem preparados. É melhor um médico com formação medíocre, mas boa vontade, do que não ter nenhum, ou contar com um daqueles que mal olha na cara dos pacientes.
Quando as associações que nos representam saem às ruas para exigir que os estrangeiros prestem exame de revalidação, a meu ver, cometem um erro duplo.
Primeiro: lógico que o ideal seria contratarmos apenas os melhores profissionais do mundo, como fazem americanos e europeus, mas quantos haveria dispostos a trabalhar isolados, sem infraestrutura técnica, nas comunidades mais excluídas do Brasil?
Segundo: quem disse que os brasileiros formados em tantas faculdades abertas por pressão política e interesses puramente comerciais, são mais competentes? Até hoje não temos uma lei que os obrigue a prestar um exame que reprove os despreparados, como faz a OAB.
O purismo de exigir para os estrangeiros uma prova que os nossos não fazem, não tem sentido no caso de contratações para vagas que não interessam aos brasileiros.
Esse radicalismo ficou bem documentado nas manifestações de grupos hostis à chegada dos cubanos, no Ceará. Se dar emprego para médicos subcontratados por uma ditadura bizarra vai contra nossas leis, é problema da Justiça do Trabalho; armar corredor polonês para chamá-los de escravos é desrespeito ético e uma estupidez cavalar.
O que ganhamos com essas reações equivocadas? A antipatia da população e a acusação de defendermos interesses corporativistas.
Agora, vejamos o lado do governo acuado pelas manifestações de rua que clamavam por transporte público, educação e saúde.
Talvez por falta do que propor nas duas primeiras áreas, decidiu atacar a da saúde. A população se queixa da falta de assistência médica? Vamos contratar médicos estrangeiros, foi o melhor que conseguiram pensar.
Não é de hoje que os médicos se concentram nas cidades com mais recursos. É antipatriótico? Não agem assim engenheiros, advogados, professores e milhões de outros profissionais?
Se o problema é antigo, por que não foi encaminhado há mais tempo? Por uma razão simples: a área da Saúde nunca foi prioritária nos últimos governos. Você, leitor, lembra de alguma medida com impacto na saúde pública adotada nos últimos anos? Uma só que seja?
Insisto em que sou a favor da contratação de médicos estrangeiros para as áreas desassistidas, intervenção que chega com anos de atraso. Mas, devo reconhecer que a implementação apressada do programa Mais Médicos em resposta ao clamor popular, acompanhada da esperteza de jogar o povo contra a classe médica, é demagogia eleitoreira, em sua expressão mais rasa.
Apresentar-nos como monetaristas privilegiados que se recusam a atender os mais necessitados, enquanto impedem que outros o façam, é vilipendiar os que recebem salários aviltantes em hospitais públicos e centros de atendimentos em que tudo falta, pessimamente administrados, sucateados por interesses políticos e minados pela corrupção mais deslavada.
A existência de uma minoria de maus profissionais não pode manchar a reputação de tanta gente dedicada. Não fosse o trabalho abnegado de médicos, enfermeiras, atendentes e outros profissionais da saúde que carregam nas costas a responsabilidade de atender os mais humildes, o SUS sequer teria saído do papel.
A Saúde no Brasil é carente de financiamento e de métodos administrativos modernos, que lhe assegurem eficiência e continuidade. Reformar esse mastodonte desgovernado, a um só tempo miserável e perdulário, requer muito mais do que importar médicos, é tarefa para estadistas que enxerguem um pouco além das eleições do ano seguinte.

DRAUZIO VARELLA

domingo, 8 de setembro de 2013

Crédito fácil: não caia nessa conversa!

Crédito fácil: não caia nessa conversa!

Baseado nos últimos indícios econômicos e financeiros, a crise financeira parece já ter atravessado o seu pior momento. A calmaria assusta e ainda há muito o que se compreender e viver até que possamos crer no fim da crise. O fato é que, aqui no Brasil, as boas notícias são comemoradas sobretudo em referência à volta do crédito ao mercado e aos consumidores. Nos próximos meses, ações do governo e de mídia baterão forte na tecla de que devemos consumir através de ofertas e programas governamentais com renúncia fiscal que baratearam os produtos.



De olho no status…
Cabe repetir: cuidado com o desejo pelo simples ato de esbanjar status. Não pense que, ao comprar algo, a compra lhe conferirá poder sobre as pessoas. Ninguém é melhor do que ninguém porque comprou um carro ou um computador de última geração. Muitas vezes, essa compra esconde uma conta negativa e uma vida financeira arruinada. Vale a pena viver “de fachada”?

Soa como uma ótima noticia, não é mesmo? Calma lá. Depende! Depende da forma como você vai encarar a volta ao consumo e, principalmente, se você planejará a compra de um novo bem. Algumas perguntas devem muito bem respondidas e vamos abordá-las aqui neste texto. A primeira pergunta é simples: será que eu preciso desse bem, nesse momento? Trata-se da questão entre comprar por comprar e comprar por necessidade.

A questão é polêmica, mas precisa ser abordada pela ótica do planejamento. Nós brasileiros somos os reis do desperdício. Quem já teve coragem de verificar o valor dos alimentos que foram jogados ao lixo no último mês? Ou mesmo de mais uma bolsa ou DVD, que depois de pouco tempo ficam lá guardados, por muitos anos, sem uso? Isso sem falar na mania de comprar um celular novo quando o atual ainda funciona perfeitamente e não tem nem mesmo um único ano de utilização.
O consumo precisa ser consciente, inteligente, nem sempre relacionado à vontade, mas dentro de um critério de necessidade e oportunidade.
Surge então a segunda questão: como vou comprar?A volta do crédito fácil é perigosa. Hoje pela manhã, ouvi a seguinte história: uma senhora, depois de alguns anos com o mesmo carro, resolveu trocar o veículo por um mais novo. O valor de manutenção anual do carro já dizia que a estratégia mais inteligente seria a compra de um carro novo.
A senhora dirigiu-se ao banco em que possui conta e com o qual mantém relacionamento e foi “aconselhada” pelo gerente a não mexer no valor de suas aplicações (montante mais que suficiente para a compra do automóvel e para manter uma reserva saudável) e financiar a compra do carro novo.
Percebe-se que muitas pessoas são levadas a acreditar que prazos estendidos e valores pequenos são as melhores alternativas de compra. No caso de nossa história, há bom fluxo de caixa, os investimentos são alimentados, o fundo de reserva é bom e ainda assim queriam “empurrar” um financiamento. É o tipo de atitude reprovável e condenável.
É óbvio que a grande maioria dos gestores são pessoas sérias e jamais defenderiam uma situação como essa (quero acreditar que seja assim), mas a realidade do fato mostra que isso acontece com certa freqüência. Felizmente, no caso acima o desfecho não foi o desejado pelo gerente, pois a senhora foi orientada por pessoas de seu convívio a não realizar tamanha sandice.
Nota-se que a ingenuidade dos consumidores é explorada. O conselho antes de tomar qualquer decisão que envolva dinheiro é objetivo e direto: procure entender o que está diante de você, informe-se e busque a opinião de outras pessoas, amigos ou parentes. A história verídica se encaixa no contexto do artigo justamente para exemplificar que, mesmo na necessidade, existem formas e maneiras mais apropriadas para se comprar bem.
Comprar financiado deixa o bem mais caro, portanto avalie bem o que fazer. Não caia na conversa de parcelas pequenas. Elas matam o seu poder de investimento e seu futuro financeiro fica comprometido.

Merecem respeito todos os cidadãos que já pensam e planejam o futuro. E investem, não só dinheiro, mas parte de seu tempo para ajudar pessoas e melhorar seu conhecimento através de leituras, cursos e bons papos com os amigos. Sempre valorizando o que a vida tem de melhor: o respeito pelo outro e por si mesmo.
Então, cuidado! Não caia na idéia e no atrativo do consumo fácil. Os juros estão baixando, o que é ótimo. Mas continuam altos, muito altos. Se quer realizar o sonho da compra de um bem precioso, exerça seu poder de realização e planeje a compra com sabedoria, disciplina e paciência.

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

TJ-PR confirma condenação de Lerner por improbidade administrativa

TJ-PR confirma condenação de Lerner por improbidade administrativa: A 4ª Câmara Cívil do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve nesta terça-feira (20) a decisão divulgada no último dia 15 de abril que condenou o ex-governador Jaime Lerner a pagar R$ 4,3 milhões ao Paraná por improbidade administrativa e cassou seus...

domingo, 18 de agosto de 2013

Viva o produto que você vende

Se você é dono de uma concessionária da Toyota, mas dirige um Hyundai, o que seus potenciais clientes vão achar?
Como um empreendedor, você precisa viver o que você vende. Se você vende certo tipo de carro, é melhor que você dirija esse carro. Mostrar confiança no produto ou serviço que você vende tem a maior importância quando um cliente em potencial está decidindo se vai ou não comprar de você.

Crédito farto no meio rural provoca avanços no IDH-M

Josué Teixeira/ Gazeta do Povo / Dono de supermercado, Elvis Martins lucra com a riqueza do campo em Rio Azul: renda média da cidade mais que dobrou em dez anos, segundo o Atlas do Desenvolvimento
Dono de supermercado, Elvis Martins lucra com a riqueza do campo em Rio Azul: renda média da cidade mais que dobrou em dez anos, segundo o Atlas do Desenvolvimento
Qualidade de vida em cidades que dependem da agricultura familiar melhora com dinheiro a juro baixo
Um trator, uma vaca de leite, um rolo de arame, uma saca de semente. Os bens que estimulam a produção e a renda nas regiões de agricultura familiar estão cada vez mais acessíveis via crédito rural no Paraná, consumindo anualmente de 10% a 15% dos recursos anunciados por Brasília. O reflexo direto desse fenômeno na melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é consenso entre representantes do setor e pesquisadores.

Os valores financiados para cultivo e investimento crescem a uma taxa média de 9% ao ano desde 1993 no país. E a cada safra sobra menos dinheiro no orçamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que tem R$ 21 bilhões para 2013/14 – 17% a mais do que na temporada passada.
Em ascensão, Rio Azul rende graças ao fumo
Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa
Com sua economia baseada nas lavouras de fumo, o município de Rio Azul, no Sul do Paraná, registrou o maior avanço em renda no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). A atividade é bastante rentável. Em 2010, por exemplo, Rio Azul plantou menos área de fumo que de soja, mas arrecadou R$ 42,4 milhões a mais na fumicultura do que nas lavouras de soja, segundo dados do Ipardes. A produção coloca o município na lista dos dez maiores produtores de fumo do Brasil, conforme a Associação dos Fumicultores do Brasil.
Na família de João Gureski, a atividade alcança a terceira geração. “Meu pai plantava fumo e meus quatro filhos também plantam”, diz. A filha Gislaine Gureski Golemba vai produzir 45 mil pés na próxima safra. “Não tem como ir para a cidade e viver de salário mínimo. É por isso que todo mundo que vive no campo planta fumo”, afirma a produtora.
A renda per capita de Rio Azul aumentou de R$ 298,40, em 2000, para R$ 740,31, em 2010, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano. Os lucros do campo se refletem na cidade. Elvis Martins é filho de fumicultores, mas preferiu investir na área urbana. Abriu um armazém de 200 metros quadrados no centro de Rio Azul. Hoje, aos 22 anos, dirige o supermercado da família, que tem mil metros quadrados e 50 funcionários.
Entre 2000 e 2010, Rio Azul foi um dos poucos municípios do interior que aumentou o número de habitantes, passando de 13.023 para 14.093. Segundo o prefeito Silvio Girardi, é preciso criar mecanismos para fixar o homem no campo. “Não queremos que ele venha para a cidade”, frisa. Segundo o Censo de 2010, 64,4% da população mora na zona rural.
Saúde
Tranquilidade favorece a longevidade da população de Jundiaí do Sul
Vem de Jundiaí do Sul, cidade com 3.433 habitantes no Norte Pioneiro, a maior alta no item longevidade do IDH-M entre os municípios do Paraná. Entre 2000 e 2010, o indicador subiu 0,105 pontos. A expectativa de vida ao nascer passou de 67,73 anos para 74,03. Reflexo da qualidade de vida do pequeno município. “É uma vida mais tranquila, não tem barulheira, não tem tanto perigo, a maioria das pessoas tem um quintalzinho em casa e come as hortaliças sem agrotóxicos”, conta a diretora do Hospital Municipal São Francisco, Eva Lúcia Dias. Para a ex-secretária municipal de Saúde e atualmente funcionária da secretaria, Lurdes de Lima, a longevidade também se explica pelo atendimento primário prestado pelos três postos de saúde (um na área urbana e dois na área rural). Há sete agentes comunitários que visitam os pacientes em casa e chamam médicos e enfermeiros sempre que necessário. A cidade conta com apenas dois médicos que se revezam no atendimento do posto de saúde central e do hospital. A população idosa é numerosa. Ela é atendida no Programa do Idoso ofertado pela prefeitura, que conta com atividades preventivas na área de hipertensão e diabetes.
Os produtores pagam os financiamentos com correção de 0,5% a 4,5% ao ano, ou seja, taxas anuais menores do que as mensais praticadas nos empréstimos pessoais.
“O crédito rural vem ganhando capilaridade na agricultura familiar por fatores como a estruturação de cooperativas de crédito”, aponta Maria Salete Zanchet, pesquisadora e coordenadora do Núcleo de Socioeconomia Rural do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Essas cooperativas montaram unidades em praticamente todos os municípios do estado, distribuindo dinheiro a parte dos produtores que não conseguiam financiar a produção nos bancos tradicionais.
Para a especialista, ainda são necessários avanços. “Hoje não falta dinheiro no orçamento. Mas os recursos que ‘sobram’ poderiam ser mais acessados”.
Em 2010/11, 28% dos R$ 16 bilhões anunciados para a agricultura familiar não saíram dos bancos. Na agricultura comercial, esse índice era de 5,5%. De 28%, as ‘sobras” caíram para 19,4% e 12,7% nas safras seguintes, patamares ainda considerados altos.
Documentação
Muitos produtores não financiam e não aumentam a produção porque não têm a documentação da terra regularizada, aponta o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep), Ademir Mueller. “As famílias se dividem e não atualizam a documentação e ainda há casos de posseiros.” Ele aponta também que os financiamentos, fartos para cercas de arame farpado e máquinas, são escassos para a habitação.
Só financiamento não teria surtido melhoria na qualidade de vida. Os produtores estão conseguindo pagar os empréstimos – com inadimplência abaixo de 3%, segundo os bancos – porque há uma demanda cada vez maior por alimentos, acrescenta a pesquisadora do Ipardes. Além disso, os preços – com exceções, como as cotações deste ano para o café – são considerados remuneradores.
Envelhecimento e êxodo rural mascaram índice
A agricultura familiar continua perdendo jovens para as cidades e, com o envelhecimento da população que fica cuidando dos sítios, há uma proporção cada vez maior de aposentados na zona rural. Esses dois problemas vêm perdendo força, mas ainda são recorrentes e reduzem automaticamente o número de crianças e adolescentes fora da escola bem como o de adultos sem renda.
Quadro que apare­­ce­­ nas pesquisas do Ins­­ti­­tuto Paranaense de Desen­­volvimento Econômico e Social (Ipardes) e, por não representar em si melhoria na educação nem abertura de oportunidades no campo, relativiza os avanços no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).
Remédio
Para combater o esvaziamento da agricultura familiar e garantir que haja jovens para suceder os produtores de alimentos, o crédito rural também é apontado como remédio. De acordo com o Ipardes e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep), os recursos que elevam a produção e a renda tornam a vida no campo mais atraente ao viabilizarem a compra de eletrônicos e o acesso à internet, por exemplo.

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